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Já ouviu falar em aquecimento radiante de pisos? Conheça aqui!

Só de pensar em sair do banho quentinho e colocar os pés no piso frio dá um arrepio! Ainda mais quando o dia pede um cobertor a tiracolo. Agora, imagine o contrário: uma casa climatizada, em que o calor, controlado, emana do piso e se irradia por todo o ambiente, proporcionando aquela temperatura confortável para o seu corpo. O piso radiante tem o objetivo de afastar a preocupação com o clima e trazer o conforto para perto.

O que é piso radiante?


Trata-se de um sistema de aquecimento que, ao contrário do que se imagina, age não só no piso, mas em todo o ambiente, oferecendo conforto térmico nos dias frios. Dele, existem dois tipos de aquecimento: o elétrico – por meio de resistências instaladas embaixo do revestimento – e o hidráulico, que funciona por meio da circulação da água a uma temperatura de 30°C a 45ºC por tubos de polietileno reticulado, os conhecidos PEX.


Neste caso, qualquer fonte de calor pode ser utilizada para aquecer a água, desde gás, diesel, carvão e bomba de calor, até painéis solares.



Como funciona?

Nos dois casos, instala-se uma camada de argamassa sobre os tubos que conduzem a água aquecida ou sobre os cabos calefatores, no caso dos elétricos. O produto absorve o calor dissipado pelos cabos e transmite para o revestimento que, por sua vez, emite para o ambiente por meio de radiação. A partir daí, a climatização respeita a lei da física, ou seja, o ar aquecido torna-se mais denso que o ar frio, e sobe. Dando continuidade ao ciclo, o ar frio desce e é aquecido.


Qual é a vantagem em relação a outros sistemas de aquecimento?


O conforto térmico. Comparado ao ar-condicionado e ao irradiador de parede, por exemplo, o piso radiante oferece a vantagem de aquecer o ambiente por meio de irradiação de calor, em vez de esquentar o ar apenas nas imediações da cabeça. 

O resultado é um aquecimento mais homogêneo. Além disso, o piso radiante é incentivado pelas autoridades de saúde, pois, entre outros fatores, reduz a indesejável circulação de pó no ambiente própria do ar-condicionado.


O sistema elétrico consome muita energia?


Não. O gasto é de aproximadamente 100 W/m², o mesmo consumido por uma lâmpada incandescente. O problema está nas altas tarifas brasileiras. “Em muitos países do mundo, existem tarifas diferenciadas por horário. No Brasil, o consumidor paga o mesmo kw/h em qualquer hora do dia, o que encarece a conta”, lamenta Rodrigo.



Qual o tipo mais utilizado?


O elétrico domina o mercado nacional, por exigir um investimento inicial menor e por ser mais fácil de implantar.

Empresas que trabalham com os dois tipos de aquecimento geralmente utilizam o piso elétrico para pequenas áreas e o hidráulico para grandes espaços. Isso acontece porque a água pode ser aquecida por fontes de energia mais baratas, inclusive pela solar. 

O rendimento do sistema elétrico é superior ao hidráulico a gás, pois, na queima do combustível, parte do calor se perde. Apesar de exigir um investimento inicial bem maior, o sistema hidráulico/solar é o que apresenta melhor relação custo-benefício. 

“Além disso, no verão, esse sistema pode ser direcionado para aquecer piscinas ou spas”, indica. Vale ressaltar que, apesar do caráter ecológico e da economia final, a energia solar não se mostra uma boa solução em locais onde há períodos longos de chuva.


O custo-benefício compensa?


Sim. Isso agrega valor na hora da venda do imóvel. Apartamentos que não contam com essa infraestrutura, pelo menos nos banheiros, encalham na venda. São exigências atuais do mercado.


Qualquer piso pode receber o sistema?


Todos os tipos de revestimentos podem receber o sistema de aquecimento. Porém a sensação térmica será maior nos pisos frios, como mármore, granito, porcelanato e cerâmica, que conduzem melhor o calor que a madeira, por exemplo.


Pisos radiantes são seguros?


Sim. Não há qualquer risco de choque nos pisos aquecidos por eletricidade, pois o sistema é isolado por cabos calefatores revestidos de silicone. Possibilidades de vazamento também estão descartadas nos sistemas hidráulicos, pelo menos naqueles que utilizam tubos de PEX para a circulação de água quente. Pois, além de ser revestido, este material não sofre corrosão e desgaste.


O ar muda dentro de casa?


Como qualquer outro calefator, pisos radiantes retiram a umidade do ar, mas sem deixar o ambiente ressecado, como no caso dos radiadores ou aquecedores de resistência. A redução da umidade chega a ser desprezível.


Os ambientes podem ser climatizados isoladamente?


Sim. Mas, pensando no consumo energético, recomenda-se investir um pouco mais no momento da instalação e aquecer todos os ambientes ou, pelo menos, a maioria, pois se deixar a porta de um ambiente aquecido aberta, grande parte do calor se perde, provocando desperdício de energia.



A instalação é simples?


Isso dependerá das características do local. Basicamente, a instalação funciona da seguinte forma: faz-se um contrapiso inicial sobre a laje. Em seguida, instala-se uma manta de isolamento térmico. Sobre ela, colocam-se os tubos (cabos calefatores no sistema elétrico e PEX no hidráulico), distribuídos em forma de serpentina. Depois, é feita uma argamassa e, sobre ela, o revestimento final (veja ilustração).


Qual é o melhor momento para instalar?


O ideal é que o sistema seja concebido na fase do projeto do imóvel. Em áreas molhadas, recomenda-se a instalação após a impermeabilização. Para as demais, o correto é quando as paredes estão finalizadas. Em áreas já construídas, a única saída é a reforma. 

São duas soluções: retirar o revestimento atual para a instalação do sistema ou fazer a instalação sobre o revestimento. Se optar pela última alternativa, saiba que o piso final será elevado em alguns centímetros. No entanto, se desejar trocar o piso de um ambiente que já conta com o sistema, os cuidados devem ser redobrados para não danificá-lo.


Como é feito o controle da temperatura?


Por meio de um termostato instalado em cada ambiente. A vantagem é que cada usuário pode regular a temperatura como desejar e de forma independente. Atualmente, o mercado oferece aparelhos analógicos e digitais, e tanto o piso hidráulico quanto o elétrico permitem a utilização dos dois modelos.


O sistema pode ser automatizado?


O sistema de aquecimento por piso pode ser conectado a um controle de automação residencial por meio do termostato. “Tanto o modelo digital quanto o analógico permitem a automação total na residência”, afirma Cleverson Callera, engenheiro da Astra, empresa fornecedora para a construção civil. Em uma casa inteligente, o sistema percebe as temperaturas interna e externa da residência e sabe o momento exato que deve ligar o piso e em qual temperatura.

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Saiba mais informações sobre o sistema aquecimento por piso no site da Piso Térmico: http://www.pisotermico.com.br

Se eu necessitar Trocar o piso em algum momento para reforma, o piso radiante será danificado?