São cada vez mais comuns os banheiros que não são totalmente revestidos de azulejos. Mas será que as paredes suportam um ambiente úmido sem material cerâmico? Sim, suportam. Quando o banheiro é muito centralizado na planta da casa, sem ventilação, aí sim é aconselhável revestir tudo com cerâmica.”
Antigamente, as pessoas acreditavam ser mais higiênico revestir todas as paredes, mas é ilusão. Todo mundo limpa os azulejos com água. Com isso, o rejunte fica molhado. Como demora muito para secar, surge o mofo. Aquelas cozinhas com rejuntes escuros, muitas vezes, estão assim por excesso de limpeza, não por falta.
Para as paredes de dentro do box, como têm muito contato com a água – não apenas vapor–, é indicado revestir. Não precisa ser, necessariamente, azulejo. Precisa ser um material impermeável. Granito, pedra, mármore, revestimento cimentício...
Revestimento impermeável só é necessário na área do chuveiro. no restante do banheiro, pintar com tinta epóxi ou acrílica lavável são suficientes. Algumas são específicas para banheiros e contém substância antimofo. Há, também, revestimento vinílico, papeis de parede resistentes a água ou laminados.
O banheiro precisa ser bem arejado. Todo mundo constrói este ambiente na face da casa que não bate sol e coloca janelas bem pequenas. Deveria ser o oposto.
O banheiro sem tantos azulejos fica muito mais aconchegante e bonito. Para evitar problemas é imprescindível deixar um rodapé alto (cerca de 30 cm), usando o mesmo material do piso. Isso elimina a possibilidade de danificar a parede.
Sem azulejos, a manutenção de encanamentos ou eletricidade fica mais simples, afinal, se precisar quebrar uma parede, não há a necessidade de encontrar azulejos iguais para substituição. Mas há uma desvantagem. Paredes apenas pintadas sofrem desgaste mais rápido e a pintura deve ser renovada, em média, a cada 18 meses.
Pisos
Fora do box, o banheiro pode ter pisos diferentes da cerâmica. De cimento, madeira ou fórmica, por exemplo. Os cimentados podem entrar no box, mas as empresas que os fabricam não recomendam, pois ele é poroso. Dá para colocar, mas é necessário aplicar resina uma vez por ano. A desvantagem, nesses casos, é que os fabricantes não dão garantia para produtos utilizados neste ambiente.
Se a opção é a madeira, ela precisa ser de boa qualidade e seca (a madeira verde tem mais umidade e não é aconselhável, pois ela vai secar um dia e trincar), Também não pode ser madeira branca ou mole. As indicadas são as sólidas e escuras, mais resistentes e menos propensas a pragas.
É aconselhável que, se for fazer um piso de madeira, o material precisa estar tratado com verniz náutico e produtos contra pragas. “Pode ser cumaru, ipê, peroba”. Se quiser algo mais prático, o mercado oferece cerâmicas que imitam madeira e a aparência é bem fiel. Lilian Melo concorda e conta que existe uma opção feita de vinil e PVC. Este tem a espessura muito fina, é de fácil aplicação e manutenção e tem aspecto rústico.”
Cimento queimado é mais uma alternativa. Mas precisa ser muito bem aplicado, pois é muito comum que trinque. Cristiana Vianna explica que a melhor opção de cimento é o industrializado (que não são misturados e feitos na obra). “Esse tipo de cimento tem um aditivo plástico que o deixa um pouco mais elástico. Sobre ele, é necessário aplicar uma resina, brilhante ou fosca: o que achar mais bonito.”